Projetos

Este acervo é produto do projeto de pesquisa realizado em parceria com a SubComissão da Verdade na Democracia do Estado do Rio de Janeiro, com a Clínica do testemunho e o Movimento Moleque e tem por objetivo constituir um acervo áudio visual de depoimentos familiares, em especial mães, de vítimas da violência de estado em contexto democrático no Rio de Janeiro.

Este acervo representa o trabalho coletivo da turma de alunos da graduação do Instituto de História que cursou a disciplina eletiva “História oral e memória”. A turma decidiu colher depoimentos de pessoas que participaram, de diferentes maneiras, das manifestações de junho de 2013, levantando elementos para compor, mesmo que de forma fragmentada, uma memória destes acontecimentos. Os alunos se organizaram em grupos de dois ou três integrantes e cada grupo realizou pelo menos uma entrevista. Foram entrevistados professores do ensino fundamental e médio, estudantes universitários e secundaristas, jovens que foram presos durante a manifestação, jornaleiros, ambulantes, mídia-ativistas, militantes políticos, funcionários do centro da cidade e mãe de estudantes, num total de onze entrevistas.

Este acervo é produto de um projeto de pesquisa nacional fruto de um convênio estabelecido entre a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça e as Universidades Federais do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul e de Pernambuco (UFRJ, UFGRS, UFPE). O projeto tinha por objetivo realizar um amplo acervo de depoimentos de pessoas que tiveram suas vidas marcadas, de alguma maneira, pela ditadura militar. O Objetivo era constituir um acervo de fontes orais sobre o período, incluindo a história da repressão, da resistência e de todo o processo de redemocratização, com ênfase na anistia e reparação das vitimas da ditadura. Ex-presos políticos, exilados, banidos, familiares de mortos e desaparecidos, militantes políticos, representantes de grupos e de movimentos de direitos humanos, advogados e padres foram entrevistados em todo Brasil pelas três equipes universitárias. Na UFRJ, entre 2011 e 2012 realizamos 60 entrevistas em várias cidades da região sudeste: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Juiz de Fora e Volta Redonda.

O livro está disponível para download no site da Rede Latino Americana de História Oral (RELAHO) (Link: http://relaho.org/documentos/adjuntados/article/180/marcasmemoria.pdf

Este projeto de pesquisa, desenvolvido ao longo de 2013, foi um desdobramento do projeto anterior (“Marcas da Memória: história oral da anistia no Brasil”). Com o mesmo objetivo e a mesma orientação metodológica foram feitas 16 entrevistas com pessoas que tiveram suas vidas marcadas pela ditadura militar. Uma parte desta pesquisa foi realizada em conjunto com a Comissão de Verdade da UFRJ, instalada na universidade para apurar violências cometidas contra alunos, professores e funcionários durante a ditadura.

As entrevistas deste acervo, doadas pelo autor, foram realizadas para a dissertação de mestrado de Fabrício Pereira da Silva, defendida em 2005, intitulada “A Utopia Dividida: crise e extinção do PCB (1979-1991)”. As entrevistas, com intelectuais destacados do PCB, abordam a história, a memória e a crise interna que redundou na dissolução do Partido.

Este acervo contem seis entrevistas que foram realizadas no âmbito do projeto de pesquisa “Memória Social do Futebol” coordenado pelo Prof. Francisco Carlos Teixeira da Silva. O Vasco da Gama foi o time escolhido como base empírica para a pesquisa. A equipe do Núcleo de História Oral do Laboratório de Estudos do Tempo Presente, coordenada pela Profa. Maria Paula Araujo realizou entrevistas com alguns atletas, jogadores e torcedores do Vasco. O objetivo do projeto, como definido pelo Prof. Francisco Carlos, era buscar algumas das variáveis centrais do estabelecimento do futebol enquanto esporte de massa e sua relação com a política no Brasil. As entrevistas realizadas procuraram evidenciar este tipo de questão, relacionando as histórias de vida dos depoentes, com a história do país e do futebol. As entrevistas foram transcritas, editadas e publicadas como um Caderno de Depoimentos intitulado “Vidas Vascaínas” no livro “Memória Social do Futebol” organizado pelo Prof. Francisco Carlos Teixeira.

Este acervo contém diversos depoimentos de militantes e lideranças políticas de esquerda que atuaram no Brasil durante o período da ditadura militar. A concepção que norteou a formação do acervo é abrangente: ele reúne representantes de partidos e organizações políticas, lideranças de movimentos sociais, jornalistas da imprensa alternativa, representantes da Igreja, professores e intelectuais. As entrevistas que apresentamos aqui transcritas também estão disponíveis em áudio no Núcleo de História Oral (IFCS/UFRJ, Largo de São Francisco, N.1, Centro, sala 313).

A transcrição das fitas de depoimentos orais, a edição e a organização deste catálogo eletrônico foram feitas com recursos da CAPES, mediante verba para um convênio de cooperação internacional entre Brasil e Argentina, firmado para viabilizar o projeto de pesquisa “Fronteiras da Memória: História e Memória das Ditaduras Militares no Brasil e na Argentina”.

O acervo “Memórias de Esquerda” integra o arquivo de fontes orais do Núcleo de História Oral e Memória do Laboratório de Estudos do Tempo Presente (IFCS/UFRJ).

Este acervo é produto de uma parceria estabelecida com a União Nacional dos Estudantes e o Museu da República, em torno do projeto Memória do Movimento Estudantil desenvolvido como parte da comemoração dos 70 anos da UNE. As entrevistas deste acervo são uma parte do rico material organizado pela equipe do Projeto. O acervo como um todo está sob a guarda da UNE, pois é um patrimônio político, cultural e simbólico da entidade.

Nosso acervo disponibiliza ao público entrevistas de lideranças e dirigentes da UNE desde sua fundação em 1937 até o início dos anos 2000.

Desde o início dos anos 2000 a vida cultural carioca tem sido incrementada pelo surgimento em favelas e bairros populares, de inúmeros grupos de dança, teatro, música e expressão corporal. Estes grupos são organizados por dramaturgos, coreógrafos, dançarinos, gente de teatro de diferentes procedências: uns são oriundos das próprias comunidades, estudaram, fizeram cursos especiais e faculdades, e voltaram para desenvolver algum trabalho em seu local de origem. Outros são pessoas de classe média, alguns inclusive estrangeiros, que procuram um contato com uma determinada comunidade para aí desenvolverem um trabalho artístico.

Uma vez criados, estes grupos passam a desenvolver uma dinâmica que modifica a vida da comunidade onde se implantaram e as vidas de inúmeros jovens locais que se agregam aos projetos. Estes grupos de arte passam a agregar principalmente os jovens da comunidade; tornam-se um espaço de sociabilidade e, principalmente, de discussão dos problemas locais. Os espetáculos que montam põem em cena os problemas vividos pelos habitantes das favelas e bairros pobres do Rio de Janeiro: falam de exclusão social, de pobreza, de racismo, de criminalidade, de violência. Falam também de sonhos e esperanças, de orgulho, de possibilidade de realização. A música e o corpo são os elementos mais importantes desta linguagem.

A pesquisa Vidas Cariocas foi desenvolvida entre 2002 e 2006 pela equipe do Laboratório de Estudos do Tempo Presente, coordenada pela Profa. Dr. Maria Paula Araujo em pareceria com a Prof. Dra. Ilana Strozenberg da Escola de Comunicação (ECO –UFRJ), com o financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro. O acervo Vidas Cariocas contem depoimentos de alguns integrantes, diretores e/ou coordenadores de projetos artísticos – culturais populares analisados pela pesquisa.